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jejum:ideológico

Tenho passado por momentos dos mais bizarros desde que cheguei em Ouro Preto. Quem tá por perto sabe bem: comunicaram meu sequestro, roubaram meu laptop, meu celular e minha carteira, este penúltimo duas vezes. Tenho saído com pessoas das mais e das menos interessantes.
Também fiz uns poucos amigos e muitos conhecidos, embora como eu disse outrora para alguém, "sou mais conhecido que conheço". Já consegui até criar uma rotina social que envolve festas, baladas, bares, alcool, drogas e mulheres. E olha que pra isso eu não precisei aprender a fazer pestana no violão tampouco dedilhar uma guitarra.
Todavia, muitas coisas ainda me fazem falta. O PPP, por exemplo, com o Eddy e as pessoas que frequentavam o bar. É tanta falta que não tomo mais cachaça: substituí pela Tequila, e ando tomando Jose Cuervo e Souza por aí. Meu telefone que tanto me atormentava tocando o tempo todo, cheio de convites para as mais diversas situações, esse também me faz falta. O salário de gerente, também me falta. Estar apaixonado por alguém, quem quer que seja, também faz falta.
Ño meio de tantas faltas, cá estou, vivendo na superficialidade esperando o momento para mergulhar na existência. Existe muito mais coisa submersa nesse Iceberg, penso. Se fosse eu que ditasse o compasso dessa música, certamente diria para mim mesmo que tenho que enfiar a cabeça no oceano gelado pra encontrar o fundo, mas costumo escutar o Universo tocar...
 
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