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O Cientista e o Filósofo

Nesta terça-feira com cara de sexta eu saí uma hora mais cedo da faculdade. Tinha marcado com um grande amigo meu que não via há tempos de tomar uma cerveja no centro. Decidi por um bar na rua Sete de Abril, barato e com mulheres para olhar, onde há quatro anos atrás costumava encontrar um cliente que virou amigo
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Aranhas e Bucolismos

Na minha família materna cultiva-se oestranho hábito de gostar do campo. Meu padrasto cria galinhas, minha mãe tem o sonho de mudar para o sítio e viver plantando sabe-se lá o quê. Eu, talvez por ter passado a infância sendo forçado a catar pedra e carpinar intermináveis pedaços de mato aos finais de semana prefiro a selva paulistana. Detesto quando o celular fica sem sinal, a não ser que eu esteja olhando para o oceano ou cercado de areia da praia.
Qual não foi minha surpresa, pois, ao deparar-me -- em pleno prédio do banco -- com um majestoso aracnídeo (no sentido literal), com quase 8 centímetros de perna a perna, andando calmamente enquanto eu olhava para a Avenida São João. As baratas são comuns, a despeito das dedetizações semanais, mas... Aranha?
Lembrei-me então do que fiz em Ouro Preto e pensei em encaminhar uma sugestão à Administração Predial. Na cidade histórica mineira, por uma questão geográfica, aranhas e escorpiões são muito comuns. Ora, enchi meu quintal de galinhas. Para prevenir acidentes de trabalho com animais peçonhentos e já que a dedetização parece não funcionar, não seria o caso criar galinhas aqui no complexo São João?
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Como conheci Matraga

Nunca fui lá grande fã de Guimarães Rosa, que me trás à mente memórias desconexas de Baleia, a cachorra de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e de duas parentes do próprio Rosa, com quem tive ótimas (e péssimas) experiências em uma cidade não tão próxima de Belo Horizonte, além da época em que eu fazia
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Lula e a Greve

Da coluna da Mônica Bergamo, hoje:

DE QUEM SERÁ?
"Parar 30 dias, 60, 90 e receber os dias parados não é greve, é férias." Parece, mas a frase não é de alguma autoridade tucana do governo de SP, que se recusa a pagar os professores nos dias em que cruzaram os braços em protesto.





 


Ela é do presidente Lula -que, em 2007, teve atitude idêntica: cortou o ponto dos servidores públicos que fizeram greve.
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Carta Aberta aos Jogadores e Equipe Ikariam.br

Para os Desconhecedores

Visto tratar-se de um jogo, preferi não abordar o assunto no blog anteriormente. Costumo falar aqui, afinal, sobre coisas "paupáveis" como Descartes, paixões e bailes de máscaras. Convencido, todavia, que a reunião de pessoas -- virtual ou não -- é tão real quanto qualquer outra coisa, e sendo os outros espaços convenientemente censurados pelos seus mantenedores, posto aqui uma breve, sincera e modesta opinião sobre o que vivenciei na Equipe de Jogo do Ikariam.br, bem como o que motivou minha saída desse grupo e, sobretudo, me faz crer cada vez mais que foi uma decisão acertada e, sobretudo, definitiva.
Dada a natureza pública desse comentário, algumas explicações fazem-se necessárias. Em primeiro lugar, não farei maiores delongas para quem não conhece o jogo e, portanto, não conseguirá compreender as terminologias específicas. É pena. Se quiser conhecer, clique aqui, e faça por sua conta e risco. Eu mesmo não tenho mais paciência para jogar. É mais divertido que perder tempo em rede social, FarmVille e outros jogos, porém menos que Poker. Minha opinião. Calei-me antes sobre isso em respeito àqueles que me receberam na Equipe e em nome de uma "ética" que, com a "saída" sumária justamente de quem foi o meu maior tutor e mestre, vi que não existe. Então, resolvi falar.





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Folha Bancária no País das Maravilhas

Ouvi contar que num passado muito muito distante, os sindicatos existiam enquanto instrumento de luta e mobilização dos trabalhadores a fim de alcançarem melhores condições de trabalho
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Antes de Entrar no Elevador

Esperar o elevador no prédio aqui da avenida São João onde trabalho assemelha-se a aguardar a lotação no ponto de ônibus na zona norte de domingo. Faça chuva ou faça sol, é uma demora sem fim. Às vezes, quando há paciência , dá tempo de pensar um pouco na vida. Quando falta, recorro ao celular, sms ou twitter, visto que ao contrário dos ambientes abertos, graças ao governador de São Paulo já não é permitido fumar enquanto se espera.
Não é via de regra, mas de vez em quando acontecem coisas peculiares, tanto na espera do ônibus, quanto do elevador. Outro dia olhei para o lado e vi um senhor franzino, de quase uns 70 anos, que tinha certeza de ter visto em uma animada conversa na Avenida Paulista algumas semanas antes quando fui entregar um documento no prédio da Superintendência. Chamou-me a atenção o fato de que ele usava uma camisa branca listrada e chapéu coco preto, o que por um instante lembrou-me Laranja Mecânica.
Cerca de oito minutos depois, já que o elevador não aparecia, resolvi puxar conversa:
-- Bom dia! Que demora hein!
-- Sempre. Tudo demora. A vida é um “troço” demorado – e abriu um sorriso.
Achei um pouco hiperbólico, mas continuei:
-- Demoraria menos, não fosse o tempo que perdêssemos esperando elevador, ônibus, trem, metrô...
-- Antigamente perdíamos andando, subindo escadas...
-- Exercitando os músculos – retruquei.
-- Hoje em dia lemos – ele respondeu, desafiador.
-- Não. Hoje ficam escutando funk. Os livros estão em baixa.
-- Gente burra sempre existiu, não é culpa do elevador – ele deu o veredito.
 
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