
A experiência em si não é nova para mim: como já contei outrora, morei em São Thomé das Letras e lá, dentre as diversas coisas que fiz na Comunidade onde vivi, trabalhei como pedreiro. Ajudante de pedreiro seria o termo certo aqui na grande metrópole, já que sei virar massada de concreto mas sou um asno em matéria de chapisco e tampouco sei sozinho erguer uma parede. Mas de pintor trabalhei. Então, com alguma orientação -- mesmo que por telefone, não deveria ter segredo.
Tem sim, alguns. Tantos, que me levaram a questionar se eu realmente tinha aprendido alguma coisa nos dias e dias que passei em São Thomé pintando paredes e -- se não tinha aprendido a pintar paredes, poderia não ter aprendido outras coisas também.
A tal comunidade, que se dizia não dogmática, não religiosa, não pragmática, talvez filosófica, uma "Escola", me ensinou muitas coisas sobre ética, filosofia, Osho, dança contemporânea, teatro, pitadas de hinduísmo, yoga, terapias alternativas -- como Reiki. E pintar paredes. E mais uma vez recorro a Descartes -- estou tendo que ler muito sobre ele por causa desta pauta que me foi passada e por causa da tal da epistemologia -- "(...) é de prudência nunca se fiar inteiramente em que já nos enganou uma vez".
Bem, disse-me um pintor mais experiente que eu que é necessário esperar ver a tinta secar para ver realmente qual foi o resultado do trabalho. Amanhã verei se posso confiar em meus próprios sentidos e em minhas próprias mãos. E se realmente, um dia, aprendi a pintar.
1 comentários:
Hmm, eu não confio em aprendizados definitivos. Tudo precisa de update e manutenção.
(Else, trataria-se de algo de faceta única, imutável através do tempo)
É, eu tô passando muito tempo com computadores... =D
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