O povo foi às urnas no domingo passado e o resultado mostra que, antes de tudo, a popularidade do Lula não é menor que sua petulância: dois exemplos práticos disso são o segundo turno -- que ele tinha quase como certo que não iria acontecer, e a quase eleição do Netinho, o espancador de mulheres, ao invés da
Marta. Até o momento, passadas as eleições, o carismático e demagógico barbudo não veio a público se pronunciar sobre o ocorrido. Como disse meu pai no Facebook,
Marta. Até o momento, passadas as eleições, o carismático e demagógico barbudo não veio a público se pronunciar sobre o ocorrido. Como disse meu pai no Facebook,
Onde está o excelentíssimo senhor presidente da República, que não dá uma palavra sobre o resultado das eleições? Ele, que é sempre tão falante, terá ficado porventura mudo? Ou será que é incapaz de dialogar com a voz das urnas? É esse, com certeza, um dos mais belos aspectos do regime democrático: a voz do povo se fazer ouvir e provocar o silêncio perplexo dos demagogos. (Antonio Carlos Olivieri)
Seria mesmo nosso Presidente da República incapaz de dialogar somente com o povo que, diga-se de passagem, foram aqueles que o colocaram no Planalto? O Governo Federal não está calado só diante do resultado das eleições. À partir de amanhã, a greve de bancários completa 6 dias -- descontando o final de semana -- e até agora não foi apresentada nenhuma proposta por parte da direção dos bancos federais, tanto Banco do Brasil, quanto Caixa Econômica Federal, para que fosse encerrada a greve do funcionalismo.
O argumento de que há de se esperar uma proposta da Fenaban é falacioso, como evidencia o acordo proposto pelo Banco de Brasília (BRB), que apresentou uma proposta que, dentre outras coisas, contempla um índice de 12% de reajuste -- maior do que o pleiteado pela Contraf/CUT, 20% sobre a comissão de caixa, ítens de isonomia e incorporação da comissão após 10 anos na função, que encerrou a greve naquele banco em apenas um dia.

O acordo fechado pelo BRB estabelece um novo patamar para negociações sim, mas sobretudo, deixa óbvio que se o governo quiser negociar, pode encerrar a greve nos bancos federais. Um bom acordo para os bancos federais também estabeleceria um novo patamar de negociação com a Fenaban, e com os operativos de contingência, assédio dos gerentes crescente -- com lista de celulares e ligação para os funcionários, a volta dos interditos proibitórios e grandes centros como o Bradesco Nova Central parado há uma semana, eles também não devem demorar muito a ceder às nossas reivindicações.
É hora de tomar para nós esse movimento! Se a Contraf insiste em esconder o governo atrás da mesa da Fenaban -- até porque, PT no Sindicato, no Governo e na Direção do Banco não é lá uma combinação que pende a favor do funcionalismo -- nós precisamos fortalecer o movimento e pressionar a diretoria do sindicato a negociar com os bancos federais. O messias barbudo sabe que banco público parado significa menos votos para a Dilma no segundo turno, e isso é só mais um fator que nos deixa em posição privilegiada para arrancar de vez uma proposta digna desse governo -- que prometeu exorcizar a tal herança maldita do Fernando Henrique mas, até agora, não fez nada para reverter os estragos causados pelos 8 anos daquela gestão no nosso funcionalismo. Vide a reposição das perdas, que convenientemente, foi esquecida pelo sindicato em prol dos pleitos de reajustes rebaixados, ano após ano. Isonomia, que outras categorias já conseguiram e nós, que ainda temos dois fucionários, do mesmo cargo, exercendo a mesma função, mas por terem sido admitidos em períodos diferentes (pré-97 ou pós-97), tem remunerações e benefícios completamente diversos, ainda estamos longe de conseguir.
Não dá para esperar que façam por nós aquilo que nos compete. Ficar conformado diante dessa proposta pífia de pouco mais de 4% (que não contempla nem a inflação e reduz a PLR) enquanto o ganho dos bancos cresce cada vez mais -- no BB, foram mais de R$10 bilhões no ano passado, maior lucro da história do setor, além da compra do Banco da Patagônia e a autorização para operar nos Estados Unidos, dentre outros, é se propor a aceitar cada vez mais humilhação, adoecimento, assédio moral. Lembremo-nos que ainda não conquistamos a incorporação das comissões -- tanto no BB quanto na CEF -- e, a bel prazer do administrador, qualquer um pode ser descomissionado, inclusive prestes a se aposentar. Se não lutarmos contra isso agora e nos conformarmos, nos anos vindouros, certamente será pior. Até quando vamos esperar para nos levantarmos contra essa política predatória?
A hora de lutar é agora! Ao contrário do que dizem muito gestores, que esquecem-se, sabe-se lá porquê, que são também bancários, o direito de greve não é individual: é coletivo. Basta olhar para o lado e ver quantos colegas estão lutando pela melhora de nossas condições de trabalho e de vida. Vamos nos unir a esses colegas -- independente de cargos, funções e comissões -- e lembrar que agora todos temos uma dificuldade comum. Fortalecendo o movimento, temos sim a possibilidade de vitória! E rápido!
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