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[+18] Pôsteres

[Aviso: Conto com doses de erotismo e linguagem obscena!]


                Ela tinha pôsteres na parede do quarto. Vários. Chegava a me irritar – aliás, não era a única coisa que me irritava nela. Seu jeito de ser me irritava, na cama me tratava como o único homem do Universo – ou o último, fora dela era como se fosse lixo. Ainda assim, atravessava os mais de 600km que separam São Paulo de Florianópolis só para vê-la. Sabia que ela estaria lá, com seu ar seco e soberbo me esperando na rodoviária – porque minha decisão sempre era tomada de última hora, e a pornografia dos preços das passagens dos preços de avião para um dia seguinte superam todas as que fazíamos ou poderíamos fazer na cama.
                Os pôsteres ela dizia que era da época de menina – como se não fosse mais menina do alto de seus 23 anos. Menina esnobe. Saíamos da rodoviária e íamos direto para o seu apartamento, uma república partilhada com mais 3 meninas, mas que de antemão nos certificávamos que não estariam lá, nos trancávamos no quarto e trepávamos como loucos. Quando nos lembrávamos de comer, pedíamos uma pizza. Praia em Florianópolis? Fui duas vezes, desacompanhado. Conheci-a em São Paulo, trepamos uma vez dentro do bar e tive a infelicidade de pegar seu telefone.
 
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