1 comentários

Satiagraha

Desacordo entre a PF e a Abin? A Agência Brasileira de Inteligência só pode ser "inteligente" até certo ponto -- o que não mexa com banqueiros e a corrupção instaurada em todas as instâncias do governo? Foro privilegiado que se estende além dos limites estabelecidos pela carta magna?
0 comentários

Ainda não digam "Oi" para os paulistas


1 comentários

La Morena (Son Jarocho)

del Anónimo popular

¿Como te llamas morena?
Me llamo Juana María
0 comentários

Pedinte Pagante

Atualmente, voltei a morar na Zona Norte. Isso aconteceu porque, depois que voltei de Ouro Preto, meu contrato no Copan estava para vencer e, com uma proposta de reajuste que chegava a quase 65% do valor anterior, optei por não renová-lo e começar a procurar um novo lar.
Fiz algumas descobertas interessantes. Descobri, por exemplo, um apartamento de 30m² que custava R$90 mil, na praça Roosevelt. O metro quadrado no centro de São Paulo, este lugar tão seguro, limpo e bem-apessoado que amo está custando quase R$3 mil. Concluí que talvez não fosse uma boa hora de empenhar meu rico dinheirinho em um bem que não se pode mover. Optei então por continuar depositando meu dinheiro na conta bancária de alguém que já investiu outrora e agora está tendo retorno com pessoas que, como eu, precisam de um teto para dormir. Foi aí que descobri que essa não era lá uma tarefa tão fácil.
Alugar um apartamento no centro de São Paulo, por exemplo, é tarefa para investigadores do DEIC. Os corretores facilmente se enquadrariam no artigo 288 de nosso código penal, aquele que fala sobre "associarem-se (...) para o fim de cometer crimes". Visitei cerca de 30 apartamentos, dos quais uns 8 me apeteceram: quando apareci com a documentação requisitada no dia seguinte ou horas depois, apesar da garantia de que eles estavam disponíveis -- e da "caixinha" que alguns me pediram indiretamente para "segurar a chave" -- eles já estavam alugados.
Uma imobiliária reteve a minha documentação durante uma semana e me chamou, questionando o imóvel da fiadora -- minha mãe, por acaso -- dizendo que ele estava alienado. Li a escritura para a simpática atendente -- tão simpática quanto um microônibus boliviano importado do sul do Brasil -- frisando a cláusula que cancelava a alienação dada a quitação do financiamento. Ela então perguntou novamente o CNPJ da empresa onde eu trabalhava, perguntando se era uma empresa conhecida.
Mostrei minha carteira de trabalho e, caso ela não conhecesse a referida empresa, a carteira funcional. Talvez ela conhecesse o logotipo do banco pelo Top of Mind, vai saber. Ela guardou a documentação e ficou de dar resposta em dois dias. Passaram-se sete quando eu voltei ao balcão para perguntar se eu teria que procurar uma imobiliária mais competente. Não voltei para saber a resposta.
Passado mês e meio de procura, me irritei, fiz uma aposta com um amigo e perdi. Entreguei o apartamento no Copan (depois de passar algum tempo pintando e fazendo festas de despedida -- inúmeras) e vim para a Zona Norte, me hospedar na casa da minha mãe enquanto esperava ter paciência de novo para mexer com esses mafiosos ou, quem sabe, esperar o metro quadrado do centro chegar mais próximo de seu valor real.
Há uma semana, comecei a procurar de novo. Hoje fiz três ligações: uma para um apartamento do centro, outras duas para apartamentos aqui da região. Em duas delas falei com a imobiliária, e noutra com o proprietário. Só fui bem atendido quando falei com o dono do apartamento.
Fiquei intrigado... Se os corretores e as imobiliárias nos tratam como pedintes, de onde é que eles recebem suas remunerações? Será que existem pedintes que, menos indignados que eu, paguem por este atendimento animalesco?

 
;