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jejum:ideológico

Tenho passado por momentos dos mais bizarros desde que cheguei em Ouro Preto. Quem tá por perto sabe bem: comunicaram meu sequestro, roubaram meu laptop, meu celular e minha carteira, este penúltimo duas vezes. Tenho saído com pessoas das mais e das menos interessantes.
Também fiz uns poucos amigos e muitos conhecidos, embora como eu disse outrora para alguém, "sou mais conhecido que conheço". Já consegui até criar uma rotina social que envolve festas, baladas, bares, alcool, drogas e mulheres. E olha que pra isso eu não precisei aprender a fazer pestana no violão tampouco dedilhar uma guitarra.
Todavia, muitas coisas ainda me fazem falta. O PPP, por exemplo, com o Eddy e as pessoas que frequentavam o bar. É tanta falta que não tomo mais cachaça: substituí pela Tequila, e ando tomando Jose Cuervo e Souza por aí. Meu telefone que tanto me atormentava tocando o tempo todo, cheio de convites para as mais diversas situações, esse também me faz falta. O salário de gerente, também me falta. Estar apaixonado por alguém, quem quer que seja, também faz falta.
Ño meio de tantas faltas, cá estou, vivendo na superficialidade esperando o momento para mergulhar na existência. Existe muito mais coisa submersa nesse Iceberg, penso. Se fosse eu que ditasse o compasso dessa música, certamente diria para mim mesmo que tenho que enfiar a cabeça no oceano gelado pra encontrar o fundo, mas costumo escutar o Universo tocar...
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Homenagem

Àqueles que assistiram (os que não assistiram, lamento, mas não sei se tenho mais), resolvi indagar uma velha conhecida sobre velhos assuntos. Eis o resultado...

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tbd::quila

Direto de Vila Velha, vizinha continental de Vitória, no Espirito Santo, mas eu prefiro chamar de Praia de Minas (e que praias), estou atualizando o album. Sexta-feira decidi que precisava pegar uma praia, enfrentei os percalços (Ouro Preto é um dos poucos lugares onde a Itapemirim não vende passagem nem por internet, nem por telefone, restava comprar a passagem no guichê com atendentes tão simpáticas quanto o trem para Itaquaquecetuba e tão inteligentes quanto) e vim parar na praia (claro que não fui comprar a passagem no guichê, deleguei à Dani a gloriosa missão).
Mas como não poderia ser tão fácil, ao chegar, descobri que o hostel onde me hospedaria deixou de existir (nota mental: não confiar no site da Hostelling International), e acabei indo parar num pulgueiro -- literalmente. Acabamos sendo expulsos pelos hóspedes cativos -- as pulgas -- e lá por três horas da matina achei um hotelzinho standart, daqueles que tem travesseiros macios, roupas de cama limpas e internet no quarto.
Ok, ok. Só com cerveja para acalmar os ânimos. Lembro-me que recorri à tequila, semana passada, com a mesma finalidade, depois da prova CPA10 da Anbid (que não estudei e não passei por 2 questões)...

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novas!

Acabo de voltar da fogueira.
Novos albuns: Pira e Yaksha.
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dog's::life

As coisas não são lá sempre tão fáceis como imaginei. De qualquer forma, eu não tinha imaginado nada mesmo =). Já para o Yaksha as coisas andam melhor: ganhou uma coxa que, apesar de falsa, parecia um tanto saborosa -- ao menos até ele enterrá-la no meio de um monte de folhas ao fundo do quintal.
Ao chegar em Ouro Preto comprei um cachorro. Tentei comprar um cão -- como diria meu tio, cão é pastor, o resto é cachorro -- mas não tive muita sorte. O Yaksha ao menos tinha um bom temperamento: indócil, não chegado a latir nem tampouco a carinhos. Eu me sento no meu divã na sala e ele fica no quintal, e estamos bem assim. De vez em quando nos encontramos, dou comida para ele e afago um pouco sua cabeça. Simples assim.
Quem conhece o chow-chow sabe que não é lá uma raça muito chegada a afetividades. Se quer carinho, pede, recebe na medida que quer e volta para seu lugar. O Yaksha, no entanto, é um pouco mais sociável que o normal, talvez por conta da outra filhote que, produto da generosidade infinita da Dani que resolveu acolhê-la sob o MEU teto, tornou-o mais chegado a brincadeiras e contatos.
Também tive que submetê-lo a um tratamento de choque para que ele entendesse que eu sou o chefe de matilha. Depois de deixá-lo 12 horas sem comer, passei a serví-lo -- só eu mesmo -- nos horários certos, sempre três vezes ao dia, deixando claro que era eu quem lhe faria ser alimentado.
Arestas devidamente aparadas, hoje tenho um cachorro quase cão. O único percalço é que ele é tão bom para cão de guarda quanto um vaso de rosas. Fora isso, ele já sabe que seu lugar é no quintal e lá se mantem, mesmo que eu deixe a porta aberta. Não late. Posso dar comida na boca que ele não vai morder. E está aprendendo aos poucos a passear na rua.
Já disse um cara que homens não são chegados a relacionamentos duradouros, e por isso o cão é o melhor amigo do homem: dura no máximo 15 anos. Grande cara, esse Yaksha. Preciso ensinar ele a limpar a casa e pegar cerveja na geladeira.



A tempo: Yaksha, do sânscrito यक्, espiritos da floresta, habitam na terra ou nas raízes, também associados a demônios da floresta. No Budismo, diz-se serem os guardiões do Buda da Medicina. Mais? Ask to google!
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Relações Espinhosas

Marco e o Cactus, filmado ontem no famoso Bar da Wanda.
Tarde com buenas cervezas, caipirinhas auspiciosas, e participação especial do Yaksha, no bar -- o famoso bar.


(...)
Marco: Eu e Cactus
Dani : Cactus, não dá, você traiu, machucou
Marco: Nossa!
Dani : Caiu, se enfia!
Marco: Você viu do que ele é capaz, né?
Dani : Você viu, deu uma pegada legal na sua perna.
TBD : Marco, fala mais sobre esse caso com o Cactus, esse sentimento que surgiu...
Marco: Isso eu conto só pra você, (...) intimo caso, o viado tá filmando!
Dani : Pode contar seu caso...
Marco: Eu sou um túmulo!
(risadas)
Marco: Não posso colocar o nome do pessoal na banca, não...
Dani : Conta, conta.
(pausa)
TBD : Ô Marco, agora que você já tem um vídeo publicado na internet, no Youtube, ontem, dizendo para a Dani montar no cavalinho (risos da Dani ao fundo), e colocando este sentimento muito forte que surgiu entre você e esse vegetal, que tem essas características (...)
Marco: (interrompe) não sei porquê mas eu tenho uma atração por vegetais.
(risadas)
TBD : Sei lá...
Marco: Adoro pessoas com uma cor verde.
TBD : Vou entrevistá-lo. (ajeita-se) Dá uma cerveja.
Marco: Nunca vi um entrevistador que chapa.
TBD : Marco, com relação ao Cactus, porque assim, o que eu gosto muito é da sinceridade que você coloca nesse sentimento, quer dizer, você está deixando cigarros e cigarros, que é uma coisa que torna o Cactus mais cosmopólita...
Marco: Não. (...) viciado ele já é.
TBD : Entendi. Agora... Você acha que vocês tem futuro?
Marco: Olha... Eu fico preocupado com a terceira geração...
(risadas)

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Antes tarde...

Andei sendo indagado sobre o porquê de não estar mais postando no blog, fazendo atualizações no fotoblog ou inserindo novas fotos. Bem, uma coisa é verdade e tem grande parte da responsabilidade desse meu sumiço: minha casa é tão grande que, aqui dentro, o cabo da máquina fotográfica desapareceu. Sumiu, escafedeu-se, evaporou-se ou algo que o valha.
É claro que este não é o único motivo.
Cheguei em Ouro Preto há cerca de 3 meses (?), já engordei no mínimo 4 quilos e deixei a barba crescer. Comprei um cachorro chow-chow e, graças à infinita benevolência da Dani -- sim, estou sendo irônico -- ganhei um segundo cachorro, que ela teve pena e resolveu acolher sob o MEU teto. Mas não foi ruim de todo, o temperamento do chow-chow não é lá muito amistoso, e convivendo com outro cachorro ele aprendeu a ser mais sociável, agora até abana o rabo pra mim...
Ouro Preto não é muito diferente de São Paulo no que diz respeito à vida noturna. De segunda a segunda encontro bares abertos, sempre cheios de gente, a única coisa que faz falta é um mínimo de variedades: estou seco pra ouvir uma boa banda cover de rock, mas aqui todos tocam sempre as mesmas MPBs, que foram super interessantes nas primeiras semanas mas agora eu já decorei. Descobri na última quarta-feira que é mais difícil achar balada em BH (me parece que a vida noturna lá começa às quintas-feiras) do que em Ouro Preto. Pode? Tive que beber em uma loja de conveniência, o que rendeu dois haikais que foram enviados para o Banco de Talentos da Fenaban.
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Ode aos Orixás

Estou cheio de problemas (e dos problemas)
Estou cheio de dúvidas (e das dúvidas)
Estou cheio de caminhos (e dos caminhos
que se apresentam a mim quando busco respostas
às minhas dúvidas e problemas)

Eu, passional que sou, não nego
Homem que se apaixona por 15 minutos
e em 15 esquece
E que ainda assim sonha com um
"amor maior que eu"
Às vezes penso ter problemas onde eles não existem
E da mesma forma que os crio, os dissolvo

Alguns, todavia, persistem a assombrar-me
Assolam-me a mente, a alma e o coração
Deixam-me um tanto perdido, o que é estranho
Já que pensava ter uma pedra no lugar do centro das emoções

Quisera eu que fossem só esses meus problemas
Existem tantos abismos para os quais viro as costas
só para não transpor
Todavia, lá eles continuam, profundos e escuros
Esperando para me devorarem quando eu deles esquecer

E assim, tão duvidoso e problemático
Cansado de esperar as respostas daqueles que devem iluminar-me
Se Eles não vão a mim, onde estou
Venho até Sua casa pessoalmente, indagá-los.

Salve os Orixás!
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Apego

Quanto à minha existência promíscua, o segurança do banco comentou: "O bom é que você não se apega a ninguém". Não deixa de ser interessante saber que é assim que me vêem, uma vez que combato o apego quase tanto quanto combato o moralismo. Tal afirmação, todavia, está longe de ser verdadeira.
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Don´t cry for me...

Estou completamente apaixonado pela Argentina. Pessoas fantásticas, lugares fantásticos, festas fantásticas... País fantástico! Acho que minha paixão por Buenos Aires superou minha paixão pelo sul do Chile -- mas pra quem me conhece, sabe mesmo que minhas paixões não são lá das mais duradouras.
Tudo começou com um devaneio: em meados de Dezembro, recebi um sms de um amigo contando que iria para Buenos Aires. Disse que o visitaria, e assim ficamos até que no meio do mês resolvi aceitar o convite retórico. Comprei a passagem de ida no cartão Visa, à vista.
No dia da viagem cheguei atrasado, claro. Minha amiga chegou um pouco mais atrasada, o que me obrigou a desembolsar uns tostões subornando o funcionário do terminal para que o ônibus a esperasse. Empezamos a viajar.
 
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