Dois poemas sobre morte (e sobrevivência)

Além de Mim
(por Filipe)

É o fim.
Está tudo acabado.
Que esperar da vida
senão morte, sofrimento e dor?
E com meu sangue sobre o cascalho
percebi que fui enganado;
Percebi que isso tudo era um eu
além de mim, aquém do eu.
Em mim.

Ao que um amigo respondeu:

Os Eus
( por Pepe Hidalgo)

O eu que ele pensava ser
e o eu que ele era,
o que ele pensava ser
tentou voar.
E o outro riu
pois apenas o que ele era
podia voar.
Além, do sangue no cascalho,
aquém, do pseudo eu
Motivado pela morfina
o verdadeiro eu, viveu.
E voou,
voou tão alto
que virou
uma estrela
cujo brilho inspira
Filósofos e Artistas.

0 comentários:

Postar um comentário

(os comentários desse blog são moderados)

 
;