muita::intensidade

Não sou lá um grande curtidor de poesia, confesso, mas Metade, do Oswaldo Montenegro, é uma das poucas que gosto. Lembro-me dela quando penso em externar o que sinto: "que minhas palavras não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor, apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento".
Vivo de maneira intensa o tempo todo, mas mesmo assim, consigo distinguir algo como um padrão de ondas, ora menos intensas, ora mais intensas. Certamente, estou em um período mais intenso... Não muito: amo, apaixono-me, tenho tesão incontrolável, tudo em um curtíssimo espaço de tempo. Há quem não separe esses sentimentos, mas pra mim, um é bem distinto do outro.
Essas paixões que vivo, por exemplo, são algo intenso e passageiro, como uma gripe. Dificilmente deixa sequelas. O tal do amor já é um pouco menos intenso, mas duradouro, calculista e profundo. Esse sim, marca. O tesão, bem, o tesão é desnecessário explicar.
Algumas pessoas apareceram de maneira inusitada em minha vida e já vieram para causar estragos: não fosse eu um homem vacinado, com um coração escolado, estaria lascado. Essas últimas semanas também foram as semanas dos reaparecimentos, com pessoas que estavam sumidas (algumas há anos), e resolveram dar as caras. Ah sim, e além das "pessoas" não-nomeáveis, tem a Camila -- cujo nome já explica tudo.
E tudo isso para daqui a uma semana eu largar tudo e ir para a Argentina. Porra, só Deus sabe como preciso disso!

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