Momento entre a paixão e a loucura

Passei por experiências peculiares nos últimos meses. Me apaixonei, desapaixonei e apaixonei de novo pela mesma pessoa, com mais intensidade. Dentre os momentos de paixão, flertava tanto com a loucura que quase estabeleci com ela um relacionamento mais firme que o que eu tenho atualmente com minha (pseudo) namorada.

Aparentemente, e não digo que propositalmente, para mim, passio e pathos caminham lado a lado. Uma conclusão, todavia, posso tirar de minhas experiências passadas (sobretudo a que me rendeu um "fruto"): enquanto elas caminham lado a lado -- mas separadas -- não há problema. Impossível de gerir é quando estão juntas.
O estranho disso tudo é que o normal é ter no meu braço direito a paixão, no meu braço esquerdo a loucura. Eu no meio, tendo que andar na linha para não cair em nenhum dos dos extremos. Hoje estava relendo uma citação que mencionei sobre o sétimo arcano do Tarot em um texto antigo que fiz que define mais ou menos a situação:
Os cavalos que puxam o carro seguem direções opostas e simbolizam as ânsias animais e selvagens em conflito dentro de nós mesmos, repletas de vitalidade e ao mesmo tempo sem a menor vontade de operar em harmonia. (Tarot Mitológico, de Juliet Sharman-Burke e Liz Greene)
Ainda estou um tanto traumatizado pela caminhada na loucura, e por sorte a paixão tem me confortado, senão iria enlouquecer de novo. Mas isso certamente me impede de escrever palavras conexas, e faço esse registro colocando elementos para que, num futuro quando eu releia isso, me lembre daquilo que eu passei.
É então um post egoísta, feito para um só entendedor. Quem sabe um dia eu explique aqui algo do que quis dizer com isso. Duvido. Sempre que prometo, nunca cumpro.

1 comentários:

Pra Hoje! disse...

Adoro esses momentos assim confusos, desconectados e obscuros.
O problema que isso me faz fugir a razão e ser um outro ser que de repente não queria ou queria inconcientemente, sei lá.
O fato é que sempre que fazemos algo que nãoqueremos é porque queremos e digo mais, é porque queremos e sabemos que o final feliz não depende da nossa vontade. A questão sempre foi e é arriscada, e nem sempre vencer é vitória e muito menos perder é a derrota... apenas as coisas são...

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